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A devoção a Virgem Maria

Queridos filhos,
Ao falarmos da bem-aventurada Virgem Maria, precisamos ter presente no coração uma verdade incontestável: ela foi escolhida por Deus-Pai.
No projeto da salvação, Deus dá sua “última cartada”, mandando seu Filho-Unigênito para nos resgatar das mãos do inimigo.
E o que é a verdade? A verdade não é uma criação da mente do homem, ou seja, da sua própria inteligência. Os olhos dos homens podem alcançar os astros na amplidão dos espaços, por si só ou com auxílio dos poderosos telescópios. Não podem, porém, criá-los nos espaços vazios.
A mente humana também traz em si a capacidade para apreender a verdade, mas não pode criar a verdade. Nem Deus cria a verdade porque ele é a própria verdade. O Filho da Virgem Maria não disse: “Eu sou o pregador da verdade”; entretanto, afirmou: “EU SOU A VERDADE”.
A devoção a Virgem Maria, portanto, é em virtude da graça de Deus, que é depositada nela. A Virgem é exaltada depois do Filho e acima de todos os anjos e homens. Ela esteve presente nos mistérios de Cristo e é merecidamente honrada com o culto especial pela Santa Igreja.
Quando alguns escritores católicos chamam a Virgem Maria de “co-redentora do gênero humano”, eles empregam tal termo não no sentido de que os merecimentos da Mãe de Deus poderiam acrescentar alguma coisa aos de Cristo. Ao resgatar o gênero humano, os merecimentos de Cristo eram infinitos; e os da Virgem Maria, finito – como de criatura que é. Além disso, os próprios merecimentos de Maria já são efeitos dos de Cristo. Não é também no sentido de que o Messias necessitasse da ajuda de sua mãe para realizar sua obra salvífica.
O que tais escritores querem dizer com esse pensamento é que o papel de Deus no desígnio de sua providência fez com que Nossa Senhora, embora fosse uma simples criatura, fizesse parte da obra da Redenção. Cristo, pelo poder divino, podia ter aparecido neste mundo como Deus feito homem. Mas, tendo que se mostrar em todas as coisas à nossa semelhança, exceto no pecado ( cf. Hb 4,15), era preciso, segundo os desígnios de Deus, que nascesse de um ventre materno. A primeira mulher (Eva), na sua desobediência, “destruiu” o plano de Deus. E a segunda (Maria), na sua obediência, “reconstruiu” o plano de Deus. Sendo assim, a Virgem Maria é associada ao novo homem-Deus (Jesus Cristo), pois foi escolhida por Deus para ser a mãe do SALVADOR.
Poderíamos ficar aqui por muito tempo, discursando sobre este vasto tema, que é a devoção a sempre Virgem Maria. Quero, no entanto, acalentar o meu e o seu coração com o olhar belíssimo do evangelista São Lucas, que, no capítulo 1, versículo 38, vai nos dizer “EIS AQUI A SERVA DO SENHOR, FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A VOSSA PALAVRA”. Com seu imenso desejo de servi a Deus, Maria torna-se a primeira a comungar Jesus, fazendo-se o primeiro sacrário vivo (cf. Lc 1,41-45).
Por fim, para o homem desobediente é impossível ter uma devoção a Virgem Maria, pois a verdade limitada do homem, como já vimos neste texto, quer se sobrepor à escolha de Deus.

Com minha bênção,

Paz e Misericórdia!

Pe. Walnei Antunes,
Diretor Espiritual – CSDM

A devoção a Virgem Maria

Virgem Maria e JesusQueridos filhos,

Ao falarmos da bem-aventurada Virgem Maria, precisamos ter presente no coração uma verdade incontestável:  ela foi escolhida por Deus-Pai.

No projeto da salvação, Deus dá sua “última cartada”, mandando seu Filho-Unigênito para nos resgatar das mãos do inimigo. Continuar lendo

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